Contornada pela natureza exuberante, praças aconchegantes, igrejas, torres, cascatas e pelo sabor da farta gastronomia e dos vinhos que exalam o perfume da uva, Flores da Cunha, que já foi chamada de Nova Trento, é chamada carinhosamente de Terra do Galo. Localizada na Serra Gaúcha, Flores da Cunha fica a 150 km da Capital Porto Alegre e a 710m de altitude acima do nível do mar.
Desde 1994, Flores da Cunha ostenta o título de Maior Produtor de Vinhos do País. Conforme os dados mais recentes disponíveis (do Cadastro Vinícola do RS | Ibravin - SEAPPA/RS - Mapa), a produção local em 2016 atinge 120 milhões de litros. O município possui em torno de 200 indústrias vinícolas (desde pequenas cantinas rurais a grandes empresas vinícolas). E desde 2018 também ostenta o título de Maior Produtor de Uvas do País.
A paisagem tipicamente europeia é intercalada pela arquitetura italiana, construída pelos imigrantes que aqui chegaram por volta de 1877. A herança dos imigrantes, preservada nos casarios e no dialeto vêneto até os dias de hoje, na cidade e no interior, atribui ao município uma imagem acolhedora e familiar.
Além do cenário, a farta gastronomia, os vinhos, as malhas e os móveis aconchegantes são pontos fortes para aquecer os turistas.
Localizada na Serra Gaúcha, a cidade de 30 mil habitantes, tem vocação para bem servir. Visitar o Roteiro da Melhor Idade, a Rota Turística Vales da Serra (Antônio Prado, Caxias do Sul, Flores da Cunha, Nova Pádua, Nova Roma do Sul e São Marcos), a Rota das Vinícolas dos Altos Montes, o Roteiro Turístico Caminhos da Colônia ou o Otávio Rocha Vila Colonial significa contemplar lindas paisagens, provar pratos típicos da culinária italiana, excelentes vinhos e sucos, ouvir canções folclóricas, e conhecer gente hospitaleira e lugares encantadores.
Desde o ano de 1876, o território que compõe o atual município de Flores da Cunha, passou a ser colonizado por imigrantes italianos, oriundos especialmente do Norte da Itália. A maior leva de colonizadores estabeleceu-se entre os anos de 1878 e 1890, época em que foi fundado o primitivo povoado de São Pedro e, posteriormente, o de São José, que reunidos, nos idos de 1885, formaram a vila de Nova Trento.
Em 1890, por ocasião da elevação da antiga Colônia Caxias a condição de município, Nova Trento tornou-se a sede do 2º Distrito. Todavia, documentos afirmam que desde os primeiros anos do século XX, uma comissão formada por lideranças comunitárias locais, descontentes com a pouca atenção dada pelo município mãe, lutava insistentemente pela emancipação do distrito, o que só foi possível ver concretizado em 17 de maio de 1924.
Pouco mais de nove ano depois, em 21 de dezembro de 1935, através de um Decreto Municipal assinado pelo então Prefeito Heitor Curra, com autorização do Conselho Municipal, alterou a denominação do município de Nova Trento para o de Flores da Cunha. Foi uma homenagem ao então governador do estado General José Antônio Flores da Cunha, que, entre outras iniciativas beneficiou o município com a instalação do telégrafo, do Laboratório Bromatológico e com estudos para a construção de um ramal férreo entre Caxias do Sul e Nova Trento.
Dentre as características que marcam o município de Flores da Cunha, é de especial valor a preservação dos saberes e dos fazeres dos colonizadores e seus descendentes. A preservação do “talian”, a fartura gastronômica, as pequenas e prósperas propriedades rurais, a intensa religiosidade, os usos e costumes, próprios daqueles que fizeram a riqueza da região Nordeste do Rio Grande do Sul.
Flores da Cunha é o Município Maior Produtor de Uvas e Vinhos do Brasil.